Uma dieta equilibrada deve ser devidamente prescrita pelo veterinário responsável por acompanhar o seu animal.
Assim como no caso dos humanos, cuidar de animais diabéticos demanda uma série de cuidados especiais por parte dos tutores. Além de repensar a alimentação, que deve ser de qualidade e adequada para esse cenário, também é preciso estabelecer novos hábitos para o pet.
Por exemplo, ter um comedouro automático é uma excelente forma de controlar a frequência e os horários em que o animal pode comer, o que é muito importante nessa situação. Mas quais são os outros cuidados que os donos de pets nessa condição devem ter? Entenda mais sobre o assunto abaixo.
Por que a dieta balanceada para animais diabéticos é importante?
Proporcionar uma dieta adequada e balanceada para o animal diabético é fundamental para a manutenção da saúde dele. Esse tipo de dieta possui ingredientes específicos que irão ajudar na estabilidade glicêmica do organismo dele, assim como do apetite e do escore de condição corporal (ECC).
O resultado disso é a minimização do risco do aparecimento de complicações clínicas, de forma que o animal tenha mais qualidade de vida e aumente sua sobrevida. Assim, a dieta adequada consegue estimular a secreção de insulina no organismo do animal, reduzir a hiperglicemia no período pós-refeição e aumentar a sensibilidade à insulina exógena. Esta, no caso, é administrada por injeção.
Portanto, a dieta adequada visa a estabilidade do peso corporal do pet, uma vez que eles podem perder muito peso ou se tornarem obesos. Esse controle deve acontecer com frequência, com o acompanhamento do peso e do ECC sendo feito pelo menos uma vez ao mês.
Atenção à alimentação e frequência
Existem dois aspectos que são muito importantes nos cuidados com animais diabéticos: o controle da alimentação e da sua frequência. Estabelecer uma rotina diária é fundamental para a estabilidade glicêmica, de forma que tanto a terapia com insulina quanto a alimentação devem ser regradas.
O veterinário que acompanha o seu animal irá prescrever a quantidade adequada de alimento que deve ser oferecida ao seu pet, assim como a instrução sobre os horários e a frequência dessas refeições. Essa definição estará diretamente ligada à terapia insulínica, ou seja, se o animal recebe insulina uma ou duas vezes ao dia, além do próprio comportamento alimentar dele.
Caso o veterinário julgue que é necessária uma readequação da dieta, isso não acontecerá de forma abrupta. Toda mudança na dieta deve ser gradativa, ao longo de sete a dez dias, no caso dos cães, mas podendo ser de até 20 dias para os gatos.
Características importantes da dieta
Mas quais são os principais pontos que devem compor a dieta desses animais? De modo geral, os alimentos coadjuvantes desse tipo de dieta apresentam alto teor de fibras e proteínas, baixo teor de carboidratos e um teor de energia moderado.
A modulação da glicemia ocorre com algumas mudanças na dieta, visando a redução da quantidade de amido que, por sua vez, reduz os níveis de glicemia. Inserir alimentos com carboidratos de absorção lenta é importante, já que isso reduz a velocidade da digestão e também a absorção de glicose. Por outro lado, aumenta-se a quantidade de fibras dietéticas, sendo que elas estão relacionadas à absorção de glicose pelo intestino.
Para conseguir a manutenção do peso e do escore corporal, a recomendação dos especialistas é utilizar ingredientes de boa qualidade e que proporcionem balanço nutricional. Alimentos com alto teor de proteína permitem um melhor controle da diabetes mellitus, além de colaborarem para a sensação de saciedade e manutenção da massa muscular. Por outro lado, deve-se evitar fontes de gorduras saturadas, evitando, assim, que o animal ganhe peso.
Também é interessante incluir alimentos que tenham presença de ácidos graxos ômega 3, que irão atuar nas concentrações de triglicérides, colesterol e glicemia. O uso de alimentos com antioxidantes ajuda no combate ao estresse oxidativo, garantindo mais qualidade de vida.
