Alienação parental: O que é e como denunciar?

Com toda a certeza, a alienação parental é um problema antigo e muito comum. Contudo, durante muito tempo as pessoas desconheciam o seu real significado.

O ato de alienação ocorre quando um indivíduo utiliza o seu vínculo parental, para denegrir um dos responsáveis pela criança ou adolescente, trazendo afastamento e prejuízo na relação.

Atualmente, encontramos crianças sofrendo emocionalmente e impedidas de construir uma relação saudável com um dos genitores, por conta desses ataques.

Por mais que as falas pareçam inofensivas e sem importância, você vai entender as consequências emocionais que a alienação parental pode causar e a necessidade de denunciar.

Como identificar a alienação parental

Por mais que o casamento inicie com muito respeito e companheirismo, nem sempre isso permanece após o rompimento da relação.

No entanto, quando o casal possui filhos, esse distanciamento precisa ser saudável. Afinal, a criança não deve sofrer ou ser responsabilizada pelo afastamento dos pais.

Por mais que o cônjuge esteja machucado ou chateado, ele não deve proferir ofensas ou usar sua condição de responsável, para afastar os filhos do ex companheiro.

A alienação parental inicia com posicionamentos sutis e muitas vezes considerados inocentes. 

Só para exemplificar, podemos imaginar um dos genitores chorando desesperadamente na frente da criança e do adolescente, e dizendo: “Olha a situação que o fulano me deixou”.

Com a repetição das frases de sofrimento e de diminuição do outro, a criança começa sentir raiva do genitor e inevitavelmente sente as dores do alienador.

Danos causados pela Alienação Parental

É provável, que muitas pessoas imaginem que a alienação parental, cause apenas um distanciamento parental. Contudo, as consequências são maiores.

A criança ou o adolescente internalizam as informações e começam a viver aquele sentimento de raiva que o alienador produz. 

Além disso, sentem culpa por comportamentos carinhosos ou afetuosos vivenciados com o genitor atacado. Afinal, como sentir amor e compaixão por alguém tão ruim?

Por mais que os genitores encarem as brigas de forma natural, as crianças sentem tudo com mais intensidade. Elas não possuem capacidade de elaborar e entender os conflitos.

Nesse sentido, sentimentos de tristeza, culpa e autoestima diminuída são algumas consequências da alienação parental. Vejamos outros problemas causados:

  • Dificuldades na escola;
  • Conflitos nas relações interpessoais;
  • Descontrole emocional;
  • Comportamentos agressivos;
  • Rebeldia;
  • Depressão;
  • Isolamento;
  • Transtornos de imagem.

Em suma, a alienação parental acarreta problemas gravíssimos para a criança ou o adolescente. Doenças que podem se agravar e gerar consequências futuras.

Consequências da Alienação Parental

Por mais que os danos sejam um alerta para evitar a alienação parental, existem consequências legais para punir e evitar que os comportamentos persistam.

Você provavelmente já presenciou alguém repetir um comportamento errado, porque não existiam normas e leis que punissem ou evitassem a reincidência, não é mesmo?

Nesse sentido, o prejuízo causado pelos alienadores não passa despercebido pelas leis brasileiras. Principalmente porque estamos falando sobre crianças e adolescentes.

O Estatuto da Criança e do adolescente protege e garante que eles não sejam prejudicados por ninguém, nem mesmo por pessoas que naturalmente deveriam ser guardiões.

Vejamos algumas consequências para quem comete alienação parental:

  • Advertência verbal e escrita;
  • Multa para o alienador;
  • Perda da guarda;
  • Diminuição do período de convivência com a criança ou adolescente;
  • Mudança do domicílio do menor;
  • Suspensão da autoridade do alienador.

Em suma, comportamentos que prejudicam o menor, não são tolerados e são devidamente advertidos. 

Qualquer pessoa pode cometer alienação parental?

É provável que muitas pessoas atribuam a alienação parental somente a um gênero específico. Ou quem sabe, restrinjam esse ato somente ao pai e mãe da criança.

Contudo, isso é um grande erro. Qualquer pessoa que esteja com a guarda ou tutela da criança pode ser um alienador.

Só para exemplificar, vamos usar os avós que muitas vezes criam os netos e são responsáveis legais por eles. 

Se acaso, eles atacarem ou denegrir a imagem dos pais, também estão cometendo alienação parental. 

Com toda a certeza, muitas pessoas passam por situações parecidas, onde os pais são disfuncionais e as crianças precisam ser cuidadas por terceiros.

E dúvidas aparecem, não é mesmo? Como não falar dessas pessoas que não estão trazendo benefício nenhum para crianças.

Por mais que pareça difícil pensar dessa forma, os genitores fazem parte da vida da criança e do adolescente. Ou seja, são importantes para o seu desenvolvimento.

Nesse sentido, não cometer alienação parental é cuidar do menor. Possibilitar que ele tenha um futuro de sucesso e sem tantos problemas.