Um dos principais passos mais importantes na vida financeira de qualquer pessoa é conseguir montar uma reserva de emergência. Saiba como montar a sua em simples passos
Ainda que tenhamos um planejamento financeiro adequado, é possível que aconteça algum imprevisto e que, com isso, acabemos gastando mais recursos financeiros do que planejávamos.
Isso pode acontecer com diversos exemplos, e muitos deles são comuns no dia a dia. Consertos e manutenções de carros, de eletrodomésticos e de celulares acabam sempre sendo necessários em diversas situações.
Por isso, todo mundo deve planejar montar uma reserva de emergência para conseguir arcar com esses custos que surgem de repente, mas que podem machucar nossa saúde financeira.
O que é uma reserva de emergência?
Reserva de emergência é o nome dado a um fundo de dinheiro em que seja possível resgatar esse valor para eventualidades. A reserva pode ser usada tanto para a vida pessoal quanto para a vida profissional (no caso de empreendedores).
Como o próprio nome sugere, ela é voltada para ser usada apenas em emergências e não deve ser usada para cada nova compra que surgir. Deve-se ter planejamento financeiro ao montar uma.
Vale notar que, como ela serve para eventualidades, é preciso conseguir sacar esse dinheiro com facilidade – ou seja, ele precisa ter uma liquidez elevada.
Por fim, é importante notar que, para o empreendedor, pode ser interessante ter uma reserva de emergência profissional separada daquela usada para gastos pessoais.
Quanto dinheiro devo ter na minha reserva de emergência?
Não há uma regra exata para isso, mas, de forma geral, é preciso considerar a renda mensal de cada um na hora de definir a quantia de dinheiro na sua reserva de emergência.
Por exemplo: para funcionários em grandes empresas ou concursados, que têm uma estabilidade maior e uma previsibilidade em seus ganhos, o ideal é juntar de três a seis meses de salário nessa reserva.
Por outro lado, empreendedores, que lidam diretamente com crises e ganham de acordo com as vendas de seus produtos e serviços, podem querer juntar mais dinheiro: de seis a 12 meses de salário. Isso porque as imprevisibilidades são muito maiores nessa área.
Ainda que pareçam valores muito altos, é possível juntar de pouco em pouco e, em pouco tempo, você já terá esse valor disponível.
Quais características uma reserva de emergência deve ter?
Para que essa reserva seja usada da melhor forma, ela deve cumprir três requisitos básicos. O primeiro, como já foi citado anteriormente, é a elevada liquidez. Para que o valor possa ser sacado com rapidez, recomenda-se a liquidez de, no máximo, um dia.
Outro ponto importantíssimo é o da segurança. Não adianta investir o dinheiro da reserva em ações, fundos imobiliários, fundos de investimentos e outros ativos de renda variável, uma vez que suas cotações podem diminuir justamente nos períodos de dificuldade.
Por fim, outra característica essencial é que esse valor seja capaz de render acima da inflação. Inflação é a perda do poder de compra ao longo do tempo e, se o seu investimento não render acima dela, você estará perdendo patrimônio com o passar do tempo.
Quais são as melhores opções para montar uma reserva de emergência?
Considerando as características que esse tipo de reserva deve ter, existem duas opções principais para o investidor: o Tesouro Selic e um CDB que renda pelo menos 100% do CDI.
O Tesouro Selic é uma modalidade do tesouro direto. Nessa modalidade, a rentabilidade fica acima da inflação e é possível sacar em D+1 (ou seja, um dia após a solicitação). Não se deve investir em títulos com prazos mais longos para essa finalidade, pois é possível perder dinheiro no caso da venda antes do vencimento.
Já o CDB é um certificado de depósito bancário. Basicamente, é um título privado que bancos emitem uns para os outros, e que são vendidos a pessoas físicas ou investidores institucionais. É preciso ter certeza se o CDB em questão rende pelo menos 100% do CDI e se possui liquidez diária.
Ambos os investimentos são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF por instituição financeira. Isso dá uma maior segurança ao investidor.
Posso deixar minha reserva de emergência na poupança?
De forma geral, isso não é recomendado. Apesar de ser segura e possuir uma alta liquidez, a poupança não passa no terceiro critério, que é o de render mais que a inflação.
Isso significa que, por ter uma rentabilidade inferior ao valor da inflação, o investidor irá perder dinheiro ao longo do tempo caso deixe sua reserva de emergência na poupança.