Cotistas contemplados podem vender suas cartas de crédito

As cartas são vendidas como novas para interessados em entrar em consórcio

Vender consórcio é um mercado que vem crescendo em meio à crise, sendo que além de novos cotista, algumas cartas contempladas também são passadas para frente.

Essa opção é validada pela Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (Abac), mas inspira cuidados.

Como serve para aquisição de diversos tipos de bens, como carros e imóveis, as fraudes também são bastante presentes nesse tipo de negócio.

É fácil atrair compradores e interessados, uma vez que o consórcio trabalha como um investimento à longo prazo, onde o cotista paga, até o final do plano, parcelas em um valor fixo, podendo participar de sorteios para ser contemplado ou adiantar os pagamentos, participando dos chamados “lances”.

A venda de carta de crédito contemplada é permitida pela Abac, seguindo algumas especificações.

Normalmente ela ocorre porque o cotista já alcançou seu objetivo, que é o valor de contrato para aquisição de um bem.

Mas, como ele assume uma dívida longa, mesmo após ser contemplado, deve continuar arcando com o parcelamento, muitos não têm interesse nessa responsabilidade.

Assim, um novo cotista assume essas parcelas, como um novo contrato onde ele também poderá ser sorteado no futuro.

Setor é promissor para fraudes

Aproveitando do baixo conhecimento do consumidor sobre o assunto, muitos estelionatários trabalham com a promessa de uma contemplação rápida da nova carta. De acordo com o G1, empresas apresentam a proposta de pagar um valor e assumir um alto número de parcelas, com a garantia de que aquele consórcio será contemplado em poucos meses.

A Abac explica que, quando há promessas desse tipo, é bom desconfiar e procurar se informar melhor sobre o plano, isso inclui até mesmo pesquisar em outras administradoras.

O mais confiável é sempre adquirir esses planos com bancos e seguradoras, mas a Associação possui uma lista de empresas que estão credenciadas a oferecer consórcios, assim tornando mais fácil a pesquisa por parte do consumidor.

Cotistas podem demorar até dez anos para serem contemplados

Essa é uma realidade comum nos consórcios, já que, como explica a Revista Exame, quando maior o valor do bem, maior será o tempo de espera também.

A média é de dez anos, mas esse período pode se estender bem mais, por isso é indicado para quem está pensando em um investimento a longo prazo.

Mesmo assim, a venda de consórcio tem crescido nos últimos anos. Com a crise, os financiamentos apresentam juros cada vez mais altos e, isso é encarado como uma desvantagem para quem deseja adquirir um bem próprio, como um imóvel.

Uma forma de acelerar a contemplação é por meio dos lances, que são validos até mesmo a cotistas que participam dos grupos pela venda de carta de crédito contemplado.

A finalidade é bem simples e funciona como um leilão, quem dá mais, acaba contemplado naquele mês. Nestes casos, você adianta parcelas e espera que o valor “dado”, seja superior ao restante do grupo.