Há algo de mágico no “cheiro de carro novo”. É um aroma que nos envolve assim que entramos em um veículo 0km, e embora seja facilmente identificável, a questão persiste: como algo tão específico pode variar tanto de um veículo para outro?
A resposta a essa pergunta intrigante reside na complexa combinação de materiais industriais e em um processo conhecido como desgaseificação.
Neste artigo, mergulharemos fundo nos segredos por trás desse icônico “cheiro de carro novo”, explorando como os materiais e a engenharia automotiva criam essa experiência sensorial única.
Como é produzido o cheirinho de carro novo?
O característico “cheirinho de carro novo” é produzido por meio da interação de diversos materiais industriais presentes nos componentes de um veículo. Quando esses materiais são novos, eles liberam pequenas quantidades de compostos químicos voláteis no ar.
Esses compostos químicos são responsáveis pelo aroma específico que associamos a um veículo recém-saído da fábrica. Essa emissão de compostos químicos, que ocorre principalmente nos estágios iniciais de uso do veículo, é chamada de desgaseificação.
Durante a desgaseificação, os materiais liberam gases que possuem o cheiro característico de “carro novo”. No entanto, é importante destacar que esse processo é temporário, pois os materiais acabam por liberar todos os gases voláteis disponíveis.
Conforme o automóvel é usado e os materiais internos envelhecem, essa emissão de gases diminui e, eventualmente, o aroma desaparece por completo. Por essa razão, o cheiro de “carro novo” é frequentemente associado a veículos recentemente fabricados e é apreciado como um sinal de novidade e qualidade.
Como é feito o teste do cheiro?
Não que diz respeito ao desenvolvimento do aroma, a prioridade, de acordo com a engenheira, não é criar diretamente o cheiro de carro novo, mas sim formular os materiais de modo a emitir odores perceptíveis sem causar desconforto aos ocupantes do veículo.
Para avaliar como cada componente do automóvel irá exalar seus odores quando em uso nas estradas, a Ford utiliza um método que é surpreendentemente simples, composto por potes de vidro e um forno.
Nesse processo, um pedaço do material em questão é inserido em um dos recipientes, que posteriormente é fornecido a três ciclos de aquecimento, cada um a uma temperatura diferente: 22,7 ºC, emulando a temperatura ambiente; 40 ºC, com adição de um pouco de água no pote, simulando umidade; e 80 ºC, representando o calor interno de um veículo.
Uma equipe de seis avaliados avalia subjetivamente os odores resultantes, atribuindo notas a cada um e destacando quaisquer fragrâncias que possam ser consideradas desagradáveis.
Todos os novos materiais adquiridos passam por esse procedimento de teste, independentemente de serem novos tipos de carpetes ou de madeira para revestimento do painel.
Além disso, os componentes que serão combinados no produto final também são submetidos a uma avaliação para garantir que seus odores se harmonizam de maneira satisfatória. Essa abordagem rigorosa garante que o aroma geral do veículo seja amplo e consistente com os padrões de qualidade da Ford.
É possível adquirir esse cheiro com a limpeza automotiva?
O cheiro característico de “carro novo”, que resulta da desgaseificação dos materiais internos de um veículo, não pode ser adquirido ou reproduzido através de uma limpeza automotiva.
Esse aroma é o resultado da liberação de compostos químicos voláteis presentes em materiais, como plásticos, tecidos e espumas, durante os estágios iniciais de uso do veículo.
Os serviços de limpeza automotiva se concentram na remoção de sujeira, manchas, odores indesejados e na restauração do interior do veículo. Eles melhoram a frescura e a limpeza do carro, mas não são capazes de recriar o cheiro que é associado aos veículos recém-saídos de fábrica.
Gostou de descobrir os segredos por trás desse cheiro? Compartilhe esta fascinante jornada olfativa com seus amigos e familiares apaixonados por carros. Eles também vão adorar conhecer os segredos por trás desse aroma.